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Maternidade e renascimentos

A Aurora chegou no primeiro dia de primavera, foi o verdadeiro raiar da minha vida.
Ela escancarou a minha luz e colocou num outdoor bem visível todas as sombras que eu já tinha escondido bem direitinho.
Fez eu olhar pro medo e pra ansiedade com uma maestria indescritível.
Veio virginiana como eu.
Ela foi planejada, muito sonhada essa pequena Mestra.
O nosso parto foi indigesto.
Eu estava tão imersa nas memórias que chegaram ali, na visita dolorosa ao meu nascimento, que não posso contar que tive amor a primeira vista.
Que nosso amor nasceu nesse dia.
O que eu posso contar é que me tornar Mãe foi o divisor de águas da minha vida.
Nada mais ficou no lugar e eu fui deixando pra trás todas as certezas.
Eu e a Aurora construímos juntas uma relação de confiança, segurança e amor.
Ela é o amor mais visceral que já senti.
É uma relação cheia de tropeços, erros e dores também.
É ela quem me tira da dureza, quem me faz dançar a vida. Dançar a minha dualidade.
Ela é o convite diário para que eu cuide da relação com o meu próprio corpo. É assim que ela aprende.
Ela conhece meu olhar mais amoroso e o mais pavoroso também.
Eu sou a melhor mãe que posso ser pra ela.
Não de um lugar acomodado.
De um lugar de quem tá sempre tentando ser uma pessoa melhor.
Humana.
Como toda Mãe.
Minha filha me faz renascer em cada nova fase dela, em cada momento que juntas construímos nosso amor.
Ser Mãe me fez enxergar a mulher que é a minha Mãe. A humana que é a minha base.
Que é tão Divina e tão aprendiz quanto eu.💙

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