A experiência de habitar o próprio corpo

Habitar-se.É sobre conhecer cada cantinho do próprio corpo.É sobre se desafiar a desbravar esse território.Firmar-se nele.Ele que é nossa morada por tempo determinado, que nos acompanha do primeiro ao último respiro.Ele que não precisa chamar nossa atenção somente quando adoece. Não precisa.A mente até tenta uns boicotes interessantes, mas o corpo não mente.E é no movimento que ele comunica aquilo que em palavras muitas vezes não é possível.A gente se entope de informações e pouco silencia pra escutar aquilo que realmente faz sentido pra nós.Já contei aqui o quanto me encanta saber que ninguém pode conhecer melhor esse corpo que habito do que eu mesma?E que durante muito tempo entreguei esse poder nas mãos dos outros por pura insegurança?Resgatar o prazer de se conhecer melhor e mais, a cada dia, é um grito de liberdade.É um processo que nunca termina.Mas que nos permite fluir na vida com mais coragem.E essa fluidez abre caminhos também para outras mulheres que estão em busca de si.💃🏽

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Integração da espiritualidade e sexualidade

Aqueles instintos que rejeitamos se manifestam até que decidimos prestar atenção a mensagem que pode estar sendo enviada.As dores físicas e as da alma são um convite para que lembremos de olhar a nossa própria trajetória.Já que passamos boa parte do tempo distraídos com a grama verde da vizinhança.No meu caso, a ansiedade veio me proteger. E eu jamais romantizaria isso.Mas foi através desse portal doloroso, que diminui meu ritmo. Que aprendi a silenciar, a meditar mesmo em movimento e sem precisar estar no alto da montanha (embora isso seja lindo também).Que busquei e sigo buscando formas de integrar todas as minhas diagonais.Mas é preciso adaptar tudo a nossa realidade.O que é possível pra mim hoje?Em um período em que a ansiedade e o medo pareciam maiores que eu, tirar inço (ervas daninhas) da grama era uma forma de oração.Um silêncio necessário para uma mente barulhenta.A ansiedade impedia que eu acessasse bloqueios de energia que meu corpo ainda não poderia dar conta.Aos poucos, e em caminhos únicos, senti a necessidade de integrar a espiritualidade e a sexualidade.Aí sim, a dança se tornou uma forma de oração. Quando me permiti sentir de volta a sacralidade da sexualidade humana.🌹

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Amar o próprio corpo

O processo de me encantar por quem eu sou só teve início após o nascimento da minha filha.Descobri através do nosso parto a total desconexão que eu tinha com o meu corpo.Todas as idéias de padrão foram por água abaixo ali.Durante anos separava espiritualidade e sexualidade. Sempre era uma ou outra.Hoje espiritualidade pra mim é amar o meu corpo com suas marcas únicas, nutri-lo cuidadosamente (e aqui eu sigo tentando melhorar a cada dia), honrando e reconhecendo necessidades que por anos foram abandonadas na minha musculatura.Sexualidade é essa energia sagrada e profana que nos move (e entender sobre ela é vital).Depois de um longo e necessário mergulho em lugares difíceis, finalmente me olho no espelho com aquele olhar de quem se apaixona a cada dia mais por cada luz e sombra que aparece ali.Assumir a responsabilidade pelos nossos processos é libertador.Pra nós e pra quem está ao nosso lado também.Cansada de ver o mundo sob o filtro das minhas feridas busco diariamente alimentar o fogo que me mantém acesa.🔥 📸 pelos olhos dele @joao.pinton 💙

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Que ritmo te liga?

Recupera tua inocência original.Segue tua energia essencial, aquela que já existia antes de controlarem teus anseios mais naturais e selvagens.Que ritmo te liga? Tu sabe?Confia no teu corpo.Mesmo que tudo ao redor tente te dizer o contrário.Dentro desse templo, que é sim sagrado e profano, existe o Mistério.O Divino que tanto se busca fora já mora dentro.A tua dança se torna uma oração quando é realizada de um lugar de presença.Experimenta. Se dê essa permissão.E se precisar de um incentivo, eu tô aqui.🌹🔥💃🏽

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Nossas espirais

Lição que espirala na minha caminhada: respeitar meu próprio passo e ritmo.Ela muda de roupa, mas sempre volta para verificar se está rolando amorosidade e paciência comigo mesma. Sou fiel às sincronicidades da vida. Respeito e me curvo a cada uma delas.Tenho me dedicado cada vez mais ao sutil. Cada vez mais me observando num processo de relaxamento.Essa semana me dei conta de que o pensamento linear volta e meia me assombra."Esqueço" de contar para algumas pessoas de algumas diagonais que me atravessam há bastante tempo. Trabalho com florais há mais tempo do que com a dança.Reiki também.A sutileza em mim mora nesses espaços.Sensações.Foi isso que busquei na dança durante o meu puerpério.Não conseguia nomear aquelas noites escuras da minha alma.Aí eu dançava e fluia melhor.Entendo que na tentativa de me encaixar, abandonei algumas bagagens fundamentais pra mim. Respeitar nosso próprio ritmo é um processo.Eu não tenho como vir aqui, postar todo dia, numa disciplina que o algoritmo pede para que meu trabalho se expanda.Por escolhas minhas, danço no ritmo possível pra mim hoje. Reconheço que integrando toda minha caminhada, consigo colocar luz em outras.E saindo do meu umbigo, compreendo que sou mãe em tempo integral, sou dança, sou floral, sou reiki, sou aprendiz dos mistérios do corpo e estou cada dia mais retirando algumas camadas em busca de mim mesma. Nessa busca pelo meu SER encontro as pessoas espelho e agradeço diariamente.🌹

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Ocupar-se

Eu acredito que o estado meditativo é alcançado quando a gente se percebe.Me observo nas relações.Principalmente na relação mais visceral que já experimentei, que é a da maternidade.É ali que tenho o privilégio de me conhecer melhor todos os dias.É uma batalha ou um encontro?Eu tô realmente ali ou tô nas viagens longas da minha mente?Dito isso, fica um pouco mais fácil entender de onde brota nossa dança.Se ela vem de um lugar de expressão que é real, a coreografia não importa.Os efeitos de se meditar dançando vão aparecendo com o tempo. Eles dependem do quanto nos comprometemos com o mergulho sincero em nós mesmas.É uma delícia se ocupar.Se conhecer.Habitar cada espaço de si.Saber-se cíclica, sendo espelho para que outras mulheres reconheçam tudo isso também em si mesmas. 🐍🌹 📸 @anaviana.fotografia

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